14h30 —
France Inter, uma patinadora: “sonhar grande permite realizar grande”.
15h05 —
Ontem à noite assistimos a um filme gravado sobre Bernadette Lafont.
Época horrível onde a mulher ainda mais é considerada como uma forma e um objeto sexual e não uma pessoa.
Ela diz o que eu digo: não é o problema dos homens, é o problema do “sistema” (para ela) = decivilização de dominação (para mim).
(por volta das 20h30 quando assistimos a gravação de Simone de Beauvoir na LCP ontem) é a mesma coisa sobre as mulheres-objeto e a exatidão, clareza, simplicidade da visão da situação das mulheres por Bernadette Lafont como por Simone de Beauvoir. Pensamos exatamente a mesma coisa.
15h20 —
Liberdade?
Mesmo que gritemos de guerra “sou livre, faço o que quero e te dane-se”,
estamos acorrentados no fundo do porão.
Em decivilização de dominação, somente o desumano é livre, pois o humano é escravo do desumano.
16h50 —
Podemos fazer mais simples? Então fazemos mais simples.
E se isso muda TUDO, mudamos TUDO.
O importante é o humano e o humano mais simples.
A lógica de decivilização de dominação:
comprar para fazer girar a economia
reciclar para fazer girar a economia sem extrair novos recursos
reciclar ou jogar fora para recomprar para fazer girar a economia.
Os 8 bilhões de humanos servem de esquilo ou hamster em sua roda-gaiola.
Criar novas necessidades para vender
pois é preciso vender para ganhar dinheiro
precisa de dinheiro para que a empresa viva
caso contrário, ela declara falência e demite e reduz os humanos à miséria e aos salários de miséria para se matar a trabalhar e não ganhar o suficiente para viver
precisa de dinheiro para viver para os empregados, exceto que não se paga o justo preço do trabalho.
E para a agricultura, a grande distribuição paga, de propósito, logo abaixo do preço de custo para suicidar os agricultores.
para tornar quase a totalidade dos 8 bilhões, escravos de produção (para fazer os preços mais baixos, pois o humano é a variável de ajuste em benefício do dinheiro) e de consumo (para vender o inútil repugnante que não vale nada mas apresenta bem com uma embalagem e uma publicidade que faz você acreditar que está feliz em comprar e comer porcaria)
assim, quase a totalidade dos 8 bilhões passa sua vida a trabalhar para sobreviver mal, se tiver sorte. Então, Loto e outros jogos de azar onde quando ninguém ganha, é SEMPRE o banco /o Estado /a máfia que ganha.
Para bagunçar um pouco mais,
o humano não vale NADA. E o dinheiro /o desumano /a propriedade valem TUDO
SOMENTE dinheiro, dominação e desumanidade são remunerados.
O humano, o único e mais necessário aos humanos, não é remunerado
e, portanto, a hierarquia é generalizada, “caso contrário, é o caos”
(falso. Caso contrário, é fácil e humano)
e é preciso ser o melhor,
o mais alto na hierarquia
para ganhar mais “para ganhar mais, suba mais alto na hierarquia”,
“para ganhar mais, esmague /mate mais os outros”,
“cada um por si e Sacro-Falso-Deus-Dominante
(inventado por e para justificar os dominantes) para TODOS”
TODAS as dominações estão unidas CONTRA as humanas e os humanos:
Nações, Estado de Direito, Autoridade, Ordem, organizações, empresas, religiões, economia desigual, dinheiro, violências…
as pessoas estão isoladas para evitar como a peste QUALQUER relação entre elas.
Os casais que se amam são muito mal vistos.
Incentiva-se a pegar o outro e fazer dele o que se quiser e depois descartá-lo.
O amor paixão só tem o Direito de ser de faísca momentânea.
Aqueles que ajudam os outros são condenados, como a ajuda aos migrantes.
as pessoas são divididas, discriminadas, selecionadas pela “educação”
que ensina apenas uma coisa:
estar em uma caixa vencedora (raríssima)
ou perdedora (8 bilhões) para melhor reinar
e que nada mude em decivilização de dominação
a concorrência /a competição permanente é a regra de vida (/morte em vez disso)
número 1 em decivilização de dominação:
é preciso ser o melhor CONTRA os outros, caso contrário, está morto
os 8 bilhões são colocados uns CONTRA os outros,
para fazer guerra e determinar o melhor,
o único que tem o Direito de ganhar
E TODOS os outros devem perder TUDO,
mesmo sua vida e as de seus familiares e suas futuras gerações
cada um é suposto ser atraído, motivado pela ganância
e a esperança de se tornar o Mestre do Mundo
/Colocar o mundo em burnout /suicídio.
E ser feliz SOZINHO na terra,
como Robinson Crusoe em sua ilha deserta.
Assim que alguém chega, é um escravo.
Ainda há um problema: ninguém está feliz
os 8 bilhões porque morrem todos os dias sob os golpes desumanos e maus-tratos
os poucos desumanos, incluindo o Mestre do Mundo que supostamente não morre das catástrofes climáticas que criaram e fomentaram até a completa extinção da espécie humana a médio prazo, estão contando mas não felizes por serem tão estúpidos.
Há outro problema: quem servirá o Mestre do Mundo “para torná-lo feliz”, quando ele estiver sozinho na terra que poluiu, destruiu, tornou desértica fedorenta, fétida, envenenada… e os humanos TODOS mortos destruídos pelas catástrofes climáticas?
Há outro problema, para o Mestre do Mundo.
Como as catástrofes climáticas reconhecerão o aprendiz de Mestre do Mundo para deixá-lo vivo?
E quanto tempo ele aguentará
sem ar,
sem água potável,
sem comida,
sem casa?
sem amigos?
sem vida humana no coração (ele está morto para sua humanidade há muito tempo)?
Há outro problema, para o Mestre do Mundo, mesmo que ele vá para Marte para cultivar suas cenouras, ele não aguentará muito tempo sendo inumano. Não se pode mudar quando se tem tal grau de idiotice.
Conclusão, mudemos a regra de vida na terra por este programa “8 bilhões de seres humanos”:
inumano = decivilização de dominação: game over!
nova partida:
do humano! mais humano! sempre humano!
em uma civilização de relação humana interativa benevolente.